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11 de julho de 2011

Evolução dos Tablets

Voce achava que eles são novos? Fruto de uma grande evolução tecnológica? Que só são possíveis graças a nanotecnologia? Que nada, veja nessa matéria que e o conceito surgiu a muito tempo na década de 60.

Pesquisadores e cientistas antecipavam oque seria hoje a grande onda de consumo, será que esses são os avós do Tablet? Confira. 


 


1. Dynabook, o primeiro protótipo

 O primeiro a propor a ideia de um computador em formato tablet foi Alan Kay, cientista da computação americano pioneiro em áreas como interfaces gráficas e programação orientada a objetos. Em 1968, ele descreveu o conceito do Dynabook, computador pessoal para crianças.
Para a época, as especificações da máquina pareciam ficção científica: o Dynabook deveria ter o tamanho de um caderno, pesar não mais do que 1,8 kg, ter tela gráfica capaz de mostrar pelo menos 4 mil caracteres com "qualidade de impressão" e constraste similar ao do papel impresso, memória suficiente para 500 páginas de texto, ou várias horas de áudio. Tudo isso com um preço não superior a US$ 500.
Até alcançar a tecnologia necessária para que o Dynabook fosse desenvolvido, Alan Kay e sua equipe trabalharam com máquinas que consideraram como "Dynabooks interinos", mas grandes e caros. Uma destas máquinas foi o "Alto", da Xerox, um dos primeiros computadores com interface gráfica, que mais tarde influenciou o desenvolvimento do Macintosh e, indiretamente, dos PCs como os conhecemos hoje.
 




2. A tentativa da Apple

Em 1983, a Apple contratou a empresa Frog Design para dar vida ao conceito de um tablet computer. O protótipo foi apelidado de "Bashful" (o anão Dengoso da Branca de Neve), em referência ao projeto Snow White ("Branca de Neve"), uma nova identidade visual que estava sendo desenvolvida para os produtos da Apple e que chegou ao mercado em 1984 com o computador pessoal Apple IIc.
Imagens recentemente divulgadas pela Frog Design mostram um tablet "quadradão", com uma grande moldura preta ao redor da tela. Parece familiar?. A máquina seria acoplada a uma base com teclado, drive de disquetes e alça para transporte, e uma caneta seria usada para a seleção de objetos na tela. O Bashful provavelmente nunca passou de um "mock-up", um modelo não funcional criado para demonstrar a ideia. Mas a "sementinha" do tablet foi plantada, e a Apple revisitaria o conceito nove anos mais tarde e mudaria o mercado de novo.


3. O primeiro pad do mercado
O primeiro tablet como atualmente conhecemos a chegar ao mercado foi o GRiDpad Pen Computer, da americana GRiD Systems, uma empresa pioneira que também foi responsável pelo primeiro laptop como o conhecemos, o GRiD Compass, de 1982.
Lançada em 1989, a máquina pesava pouco mais de 2 kg e media cerca de 29,2 x 23,6 x 3,7 cm, considerado pequeno para a época. O processador era um 386 de 20 MHz e o GRiDPAD tinha tela de 10 polegadas com resolução VGA capaz de exibir 32 tons de cinza. O GRiDpad tinha modem interno, conectores para teclado e drive de disquetes e entrada para cartões PCMCIA, ou seja, tudo o que um bom computador da época deveria ter, mas em um formato "portátil" alimentado por baterias com autonomia estimada em três horas. O sistema operacional era uma versão modificada do MS-DOS, com uma interface que poderia ser manipulada por uma caneta.


4. O futuro dos jornais
Um conceito apresentado em 1994 pela Knight Ridder, uma empresa de mídia americana, mostrava como a companhia pensava ser o futuro dos jornais. O conceito, apresentado em um vídeo que hoje circula pelo YouTube e muito gente considera o precursor da ideia do iPad, mostra um aparelho do tamanho de uma revista e com tela touchscreen usado para ler jornais.
O vídeo afirma que "aparelhos como os tablets estão sendo desenvolvidos por companhias ao redor do mundo" e que os "tablets serão uma nova classe de computadores". O vídeo afirma que os aparelhos seriam capazes de reproduzir textos, áudios, vídeos e gráficos ao mesmo tempo, e que seriam parte das nossas vidas na virada do século. "Nós ainda usaremos os computadores para criar informação, mas usaremos os tablets para interagir com a informação", previam.
Muito mais do que prever qual seria o futuro dos tablets, o conceito criado pela Knight Ridder queria antecipar qual seria o futuro dos jornais e revistas, algo que, ainda hoje, 17 anos depois, nuinguém tem muita certeza de como será.


5. A Microsoft também tentou
Em 2001, a Microsoft tentou emplacar a ideia do Tablet PC, portáteis equipados com telas sensíveis ao toque que rodavam uma versão modificada do Windows XP, preparada para operação via caneta e com alguns utilitários extras como ferramentas de reconhecimento de escrita.
O Tablet PC não era um produto, mas sim um conceito, ao qual vários fabricantes aderiram. Mas muitos dos Tablet PCs não eram tablets "puros" já que, com medo de que os usuários não se acostumassem com o uso da caneta, os fabricantes preferiram apostar em máquinas "híbridas": notebooks com uma tela móvel, que poderia ser fechada sobre o teclado transformando-os em tablets.
No fim das contas, a ideia não deu muito certo. Tablet PCs custavam muito mais caro que notebooks similarmente equipados, e não havia aplicativos que justificassem a necessidade da tela de toque. As máquinas nunca sumiram do mercado: novos modelos são lançados até hoje, e encontraram um pequeno nicho em alguns segmentos como a área médica, mas nunca cairam nas graças do público.




6. Origami


Uma palavra que pode ser usada para definir a Microsoft é "persistência": se uma ideia na qual a empresa acredita não dá certo, ela é refinada e relançada até que se obtenha sucesso.
O Origami, anunciado no início de 2006, foi uma evolução da ideia do Tablet PC, só que mais portátil e em um formato menor. Eram PCs com baixo poder de processamento e baixo consumo de energia equipados com uma tela de 7 polegadas (geralmente sensível ao toque), rodando o Windows XP. Soa familiar? É um conceito muito parecido com o dos netbooks, mas com um diferencial importante: o preço, mais caro que um notebook convencional.
Alguns Origami tinham um design incomum, com um teclado dividido em duas metades, uma de cada lado da tela, e pequenos joysticks substituindo o mouse. Por causa dos processadores limitados, o sistema operacional rodava "pesado". O conceito ainda existe como "Ultra Mobile PC" (UMPC), mas a presença no mercado é mínima.


7. O Nokia que não fala

A Nokia também tentou emplacar nesse mercado antes que todo mundo. Lançado em 2005, o Nokia 770 nada tem a ver com os celulares pelos quais a empresa é conhecida, apesar do nome. É um tablet para acesso à internet equipado com uma tela de 4.1 polegadas e um sistema operacional baseado em Linux batizado de "Maemo".
Foi feito para navegar na web, ler e-mail, tocar música e exibir imagens e e-books, mas nunca foi comercializado em massa. Na verdade, foi uma espécie de laboratório para estudo do conceito, um "investimento no futuro". Queridinho dos desenvolvedores de Software Livre, gerou três descendentes: o Nokia 800, 810 e o N900, o primeiro modelo a integrar recursos de telefonia, o que o torna uma espécie de híbrido de smartphone com tablet.


8. O Tablet Mac que não é Apple

O primeiro tablet Mac não foi produzido pela Apple. Criado pela Axiotron, o Modbook era, como diz o nome, uma "modificação" dos notebooks PowerBook G4. A empresa comprava os notebooks da Apple, desmontava e remontava os componentes em um novo chassis, eliminando o teclado e adicionando uma tela sensível ao toque com caneta sobre o painel LCD.
O Modbook rodava o mesmo sistema operacional (MacOS X) e softwares dos Macs tradicionais, e a tela, com generosas 15 polegadas, era sensível a vários níveis de pressão da caneta. Por isso, a máquina se tornou popular entre ilustradores, que a adotaram como uma "prancheta eletrônica". Em 2009 a Axiotron lançou o Modbook Pro, baseado nos MacBook Pro com processadores Intel. O gabinete ficou mais fino e elegante, com acabamento em preto, e a tela se tornou híbrida: além da caneta, também respondia ao toque dos dedos. O preço, no entanto, era bem salgado: US$ 5 mil.


fonte: terra.com.br, pt.wikipedia.org


Um comentário:

  1. Até os Palm's, que na realidade eram considerados PDAs, não tablets, são a origem dessa tecnologia, lembrando do Newton, da Apple, que foi o primeiro á "pegar", mas foi consumido pela 3com/Palm na época...
    Acho que ainda tenho um m100 guardado por aqui... =P

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